TEOLOGIA BÍBLICA

MARIA PERMANECEU VIRGEM MESMO, APÓS O NASCIMENTO DE JESUS?

(Entenda as contradições da doutrina católica sobre este assunto bíblico)

A doutrina do catolicismo vem, desde aproximadamente o século IV, incutindo na mente dos menos entendedores das Sagradas Escrituras que a Santíssima Maria nunca teve relações sexuais com seu esposo, José, após o nascimento milagroso de Jesus através da ação do Espírito Santo, como lemos em Lucas 1. 28 a 35.

Ocorre que, podemos encontrar nos Evangelhos textos bíblicos que comprovam a veracidade de que depois que ocorreu o milagre da gravidez da jovem Maria do Filho de Deus, por intermédio de seu próprio Espírito, ela deu continuidade a sua vida como esposa de José, normalmente, servindo-lhe de mulher e companheira, inclusive gerando vários outros filhos e filhas.

Em Lucas 8. 20-28, lemos que num dado momento de seu ministério terreno Jesus se encontrava reunido com uma multidão de ouvintes, falando-lhes do Reino dos céus, e alguém chegou dando-lhe a noticia de que sua mãe (Maria) e todos os seus irmãos e imãs estavam lá fora, distante das demais pessoas, querendo vê-lo. Porém, ele citou que todos aqueles que fazem a vontade de Deus serão vistos como seus pais, irmãos e irmãs.

Vejamos bem, Jesus não negou ali, diante de todos, que não tinha uma mãe nem irmãos ou irmãs, o que fez foi deixar claro que a sua família neste mundo serão todos aqueles que ouvirem as suas palavras e se tornarem seus discípulos. E isto é uma verdade que todo cristão verdadeiramente convertido a Cristo coloca em prática na sua vida.

Deus não quer que nós nos prendemos à família que temos neste mundo e, caso ela rejeite seu Filho, escolhamos ficar do lado dela e desprezar a Jesus, pois isso nos levará a condenação eterna. Contudo, não se pode negar a existência de nossos pais e irmãos, caso eles ainda exitam neste mundo. Jesus sabia que Maria estava chegando ali com seus irmãos e irmãs antes mesmo que fosse avisado da sua presença, pois ele é Deus.

Contudo, esperou o momento certo para deixar aquela lição aos seus ouvintes. Noutras palavras, ele quis deixar bem claro: se vocês fizerem a vontade do meu Pai, que mora no céu, então também eu os verei como minha própria família neste mundo. E isso precisa acontecer conosco através da igreja em nossos dias.

Entretanto, o catolicismo com sua doutrina distorcida de que Maria nunca teve vida sexual com o esposo e; alegando também que como ela engravidou do Espírito o nascimento de Jesus não foi vaginal; que continuou virgem até a morte, durante séculos sustentam a ideia absurda de que Jesus foi o único a nascer dela e que a família que o chamava naquela ocasião, registrado em Lucas 8, se tratava de “irmãos na fé”

Ora, se de fato este era o caso, vamos analisar o seguinte: naquela época a igreja ainda não existia, os únicos que eram discípulos de Jesus eram os doze apóstolos e mais ninguém cria nele. E os doze estavam ali, reunidos com ele. O texto bíblico afirma que o anunciante do recado dado a Jesus citou “tua mãe e teus irmãos e irmãs” deixando patente que era Maria e mais àqueles que com ela vieram, os quais também eram seus filhos e, por conseguinte, irmão do filho mais velho, Jesus.

O termo “irmãos na fé e irmãos em Cristo” só passou a existir no primeiro século, muitos anos depois que Jesus ressuscitou e subiu de volta aos céus. Logo, de onde o catolicismo tirou essa louca ideia de que as pessoas recém chegadas no local de pregação onde o Senhor estava eram irmãos na fé que acompanhavam sua mãe? De onde teriam tirado o uso este título, se ainda não haviam templos e uma comunidade cristã formada?

Outra coisa importante a esclarecer aqui é o fato de que os evangelhos escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João, deixam claro que de todos os irmãos de Jesus somente um deles o seguia e creu ser ele o Filho de Deus. Inclusive, este tornou-se um apóstolo de renome no Novo Tratamento, pois assumiu ao lado de Pedro a liderança da igreja em Jerusalém. Trata-se de Tiago, o qual Paulo citou claramente ser ele irmão de sangue de Cristo na sua carta aos Gálatas 1.19.

Os católicos alegam que Paulo estaria apenas afirmando que Tiago era mais um “irmão na fé” de Jesus. Porém, a contradição aqui, é a seguinte: Jesus já havia sido crucificado, morto e ressuscitado, além de ter voltado aos céus na época que o apóstolo fez este comentário. Haviam se passado muitos anos depois destes acontecimentos, pois ele, Paulo, foi o último dos apóstolos a se converter ao evangelho.

Por outro lado, no contexto que antecede seu comentário, Paulo estaria informando a igreja na Galácia, como deu início a seu ministério como apóstolo e que os demais não o reconheceram nem aceitaram o seu apostolado, apenas Pedro o recebeu na companhia de Tiago, o irmão do Senhor. Logo, se de fato o conceito dos católicos estivesse correto, em alegar que o apóstolo estava querendo dizer que Tiago era apenas um irmão na fé de Jesus, porque então ele acrescentou esta condição apenas a Tiago, deixando Pedro de fora? Ora, o certo não seria ter dito e escrito que somente Pedro e Tiago, os dois irmãos do Senhor, o haviam recebido na igreja em Jerusalém?

É nestas abordagens claras das Escrituras que podemos ver como a doutrina católica é absurda e tem levado milhões de pessoas no mundo todo a viver na prática da idolatria, adorando estátuas de supostos santos e de uma mulher por eles endeusada como se fosse até mesmo superior a Cristo, quando na verdade o que Maria se tornou foi um espírito salvo, que está nas regiões celestiais, porém não está sentada num trono nem dando ordens na condição de deusa a um suposto filho.

Ao ler o Evangelho de João capítulo 2.4, encontramos a ocasião da festa na cidade de Caná, na Galileia, quando ao participarem de uma festa o vinho acabou e, como os discípulos e a própria Maria estavam cientes que a estadia de Jesus ali era na intenção de realizar seu primeiro milagre, eles se reuniram com ela e, acreditando que por ser mãe poderia dar ordens em Cristo, pediram que ela fosse mandar ele que colocasse em prática o plano. Ou seja, que ela ordenasse a Jesus fazer acontecer o milagre.

Interessante notar ao ler o texto bíblico que, ao ouvir sua mãe alertá-lo de que o vinho acabará e que já era o momento certo de agir, a resposta de Jesus a Maria foi: “Mulher, o que eu tenho a ver contigo? Ainda não chegou a minha hora”. O que ele quis lhe dizer com está resposta? Bem, se aquela conversa entre os dois fosse em nossos dias, a resposta dele soaria mais ou menos assim:

1.Olha, mulher, eu não sou teu filho legítimo. O que te pertence é apenas este corpo que me emprestastes para que eu nascesse entre os humanos, mas, na verdade, eu é que sou teu Deus e aquele que te dar ordens, não o contrário!

2. Ainda não está na hora de eu fazer o milagre e me apresentar aos presentes como o Cristo, Salvador da humanidade

No versículo seguinte, neste mesmo capítulo, ler-se que Maria, caindo em si e vendo o enorme erro que cometeu ao querer dar ordens no seu Senhor, disse aos discípulos que haviam pedido para que ela desse ordens em Jesus: “fazei tudo o que ele vos mandar”. O que ela quis dizer com essas palavras? Ora, num português mais claro, Maria disse: “Desculpem, nós nos enganamos, quem dar as ordens aqui é ele e não eu. Pois ele é o nosso Deus e nós somos seus servos”




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